terça-feira, 25 de setembro de 2012

CARTA ABERTA À REITORA DA UFMT

Maurelio Menezes

Professora Doutora Maria Lucia Cavalli Neder
Magnifica Reitora da Universidade Federal de Mato Grosso


Acabo de ser informado que a senhora, em reunião que terminou ha pouco (hoje é terça-feira, 25 de setembro, inicio da tarde)  com professores em SINOP, na sede da ADUFMAT, disse a eles que os votos dos professores de Barra do Garças e de SINOP sobre a data de retorno das aulas presenciais na UFMT não foram computados na Assembleia. Embora a senhora possa solicitar o beneficio da dúvida em relação a informação que me foi  passada, eu confio nela porque é proveniente de alguém com muitos serviçes prestados ao campus de SINOP.
Lamentavel sobre todos os aspectos essa sua afirmação. Primeiro porque foram computados TODOS os votos dos professores presentes na Assembleia do dia 20. Inclusive de um grupo grande de Barras do Garças que votou pelo retorno no dia primeiro. A senhora, como ex lider sindical que comandou diversas greves quando o governo de plantão não era o do partido politico que a senhora defende, sabe que somente podem ser computados os votos de professores presentes na assembleia. Segundo, professora, porque havia diversos pro reitores na Assembleia. E nenhnum deles contestou na hora a contagem da votação. Nenhum outro professor que foi derrotado nessa votação, inclusive colegas do Comando Local de Greve que também defenderam o dia 24, questionou.
A senhora afirmou em SINOP que a questão agora é politica. Os movimentos sociais sempre são questão politica, professora. Não politica partidaria como parece que a senhora quer dar a entender. Não se trata, também de oposição politica à senhora. No CLG havia professores que foram seus cabos eleitores em sua campanha pela reeleição. E durante os 127 dias de greve eu e varios integrantes do CLG sempre defendemos um diálogo franco, aberto e sobretudo transparente e honesto com a administração superior.
Mas, me permita afirmar, professora, que da parte da senhora  parece ser uma questão de alguem que teve seus interesses contrariados. Ou de autoritarismo mesmo. Por que afirmo isso? Porque antes mesmo da votação, conversando com a professora Myrian Serra, Pro Reitora de Ensino e Graduação, ela me disse que a senhora estava viajando, mas que não abria mão que o retorno às aulas fosse no dia 24. Como a Assembleia Geral, legalmente convocada, constituida e realizada, "ousou" ir contra uma data da qual a senhora não abria mão, decidiu determinar o rumo da reuniao do CONSEPE que estranhamente fora convocado antes da assembleia que definiria a suspensão da greve.
Lamentavel, professora Maria Lucia, que alguém, ocupando o cargo que ocupa e com o passado que tem, tente criar sizânia no movimento sindical que, no passado, foi defendido com unhas e dentes pela senhora e que agora  parece lhe incomodar.
Ninguem do lado de cá esta com o epirito armado, professora, porque é isso que se espera de lideres de movimentos que têm o unico objetivo de lutar por uma Universidade publica de qualidade, autonoma, como determina a Constituição Federal, em seu Artigo 207. Desarme o seu também... É o que se espera de um gestor desta mesma Universidade.