segunda-feira, 14 de maio de 2012

PROFESSORES DA UFMT SE UNEM :E GRITAM BASTA!!!! GREVE COMEÇA DIA 17

 Maurelio Menezes

Na assembléia havia cerca de 200 professores. Muito pouco para um universo de algo em torno de tres mil profissionais, é verdade. Mas foi a assembléia que maior numero de professores reuniu nos ultimos 10 anos, quando o governo federal começou investir na pratica reacionária de dividir o movimento sindical. Mais significativo ainda foi o resultado: 3 votos contra, 4 abstenções. E todos os demais votos pela deflagração da greve Nem mesmo os integrantes da Administfração Superior que, feitas as devidas e honrosas exceções, só comparecem às assembléias como tropa de choque  para votar contra o que os professores desejam, não se manifestaram. Vergonha? Impotencia? Não sei.... A consciencia de cada um que responda o motivo.

A partir do dia 17, quinta feira, e por tempo indeterminado, em Cuiaba, Sinop e Barra do Garças os professores não entrarão em sala de aula (os campi de Rondonopolis e Alto Araguaia ainda não se manifestaram). A greve só vai existir porque professores decidiram dar um basta nas manipulações de ações condenaveis em todos os aspectos. Desde o ano passado vinha se enrolando as assoçiações de classe, primeiro com o agora candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, e depois com Aloizio Mercadante, apostando na divisão do movimento, divisão que ele sempre incentivou comprando consciencias, inclusive.
Diante da inevitabilidade da greve (33 das 42 universidades ligadas á ANDES, aprovaram o indivativo, 3 se abstiveram e 6 não compareceram à reunião na sexta feira em Brasilia) Mercadante tentou mais um golpe: tirou da gaveta uma Medida Provisória, dona Dilma assinou e publicaram no DO, atendendo a 2 ou 3 pontos da pauta de negociações. Foi uma ultima e desesperada tentativa de dividir o movimento mais uma vez. Não conseguiram. Mas a idéia de Mercadante não era apenas isso. A  Medida Provisõria vai ser, também,  a primeira arma que eles vão usar para tentar desmoralizar a greve e colocar a sociedade contra os professores.
Virão com a velha lenga-lenga: "Eles são intransigentes, atendemos às reinvindicações, mas mesmo assim mantiveram essa posição que é contra o interesse do povo" O mesmo discurso reacionario de sempre. Para que se tenha uma ideia do ridiculo da situação desse governo, a proposta de reajuste salarial dele para um douto rcom algo em torno de 20 anos de experiencia foi de cerca de 80 reais, quantia insuficiente para se comprar um bom livro, cujo preço medio esta acima disso. Além do que, só nos dois ultimos anos o salario desse doutor foi corroido em cerca de 800 reais.
Nos pronunciamentos dos professores que defenderam a greve, houve alguns mais extremados (até de "escroto" o governo federal foi chamado), mas todos estavam alicerçados pela razão. E todos apresentaram por meio de caminhos diferentes a mesma saida: a do Basta! à incompertencia, à insensibilidade, ao descaso, ao abandono e à fuga das responsabilidade dos gestores.
Esse governo precisa aprender que Educação é investimento e não despesa. E vai aprender por bem ou por mal.

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