quinta-feira, 21 de agosto de 2014

UMA REFORMA QUE NÃO ESTARÁ NA CAMPANHA POLITICA

Maurelio Menezes


Quando milhões de brasileiros foram às ruas no ano passado, um dos descontentamentos deixados claro pelos manifestantes foi o tipo de político que temos no Brasil, o “Político Gerson” aquele que gosta de levar vantagem em tudo.

Pois agora, com o horário eleitoral no ar, seria o caso de um destes candidatos à Câmara ou ao Senado seria uma reforma política, mas não uma qualquer e sim uma que contemplasse o que as ruas pediram. Alguns pontos, como sugestão.

1.    Todo político, após acusação e apresentação de provas a serem definidas, será afastado automaticamente do cargo sem direito a remuneração. Se for inocente receberá os proventos retidos e reassumirá o cargo;

2.    Candidatos eleitos para um cargo não podem abandoná-lo no meio do caminho para se candidatar a outro. Aqui em Cuiabá, por exemplo, sempre tivemos vários vereadores que na eleição seguinte tentaram se eleger deputado. E muitos conseguiram;

3.     O sistema político seria alterado para o voto distrital. Por ele o eleitor só pode votar em candidatos de seu distrito eleitoral. Isso baratearia o custo da eleição e evitaria o que já aconteceu diversas vezes: candidatos se elegerem com votos em todo o estado e não fazerem nada por região nenhuma;

4.    Ninguém poderá se candidatar a um mesmo cargo por mais de duas vezes. Com isso ficaria garantida a renovação no Legislativo.

5.    Ninguém poderá se candidatar mais de cinco vezes a um cargo se não conseguir se eleger pelo menos uma vez. Isso evitaria aqueles casos em que pessoas se candidatem para arrecadar fundos ou para vender apoio;

6.    Todos os partidos são obrigados a lançar candidatos nas eleições majoritárias para o primeiro turno. Não muda muito, mas diminuiria bem o número de partidos de aluguel; e

7.    Nas eleições para cargos do Executivo, prefeitos, governadores e o (a) presidente seriam obrigados a se desincompatibilizar do cargo. Com isso diminuiria bastante o uso da máquina e evitaria crimes eleitorais como a Presidente Dilma tem cometido, visitando obras e dando entrevistas em prédios públicos.

O Brasil não seria um paraíso se medidas como estas fossem tomadas. Mas um dos gritos nas Jornadas de Junho seria atendido. Quem sabe com diálogo transparente com a sociedade as coisas não melhorassem neste país injusto.
Mas não há vontade política para se fazer reformas. Estão ocupados com arranjos nada republicanos e acabarão sendo eleitos os mesmos de sempre, inclusive alguns que deveriam deixar de vez a política, para que não tivéssemos a volta dos que não foram.

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