Quando
milhões de brasileiros foram às ruas no ano passado, um dos descontentamentos
deixados claro pelos manifestantes foi o tipo de político que temos no Brasil,
o “Político Gerson” aquele que gosta de levar vantagem em tudo.
Pois
agora, com o horário eleitoral no ar, seria o caso de um destes candidatos à
Câmara ou ao Senado seria uma reforma política, mas não uma qualquer e sim uma
que contemplasse o que as ruas pediram. Alguns pontos, como sugestão.
1. Todo
político, após acusação e apresentação de provas a serem definidas, será
afastado automaticamente do cargo sem direito a remuneração. Se for inocente
receberá os proventos retidos e reassumirá o cargo;
2. Candidatos
eleitos para um cargo não podem abandoná-lo no meio do caminho para se
candidatar a outro. Aqui em Cuiabá, por exemplo, sempre tivemos vários
vereadores que na eleição seguinte tentaram se eleger deputado. E muitos
conseguiram;
3. O sistema político seria alterado para o voto distrital.
Por ele o eleitor só pode votar em candidatos de seu distrito eleitoral. Isso
baratearia o custo da eleição e evitaria o que já aconteceu diversas vezes:
candidatos se elegerem com votos em todo o estado e não fazerem nada por região
nenhuma;
4. Ninguém
poderá se candidatar a um mesmo cargo por mais de duas vezes. Com isso ficaria
garantida a renovação no Legislativo.
5. Ninguém
poderá se candidatar mais de cinco vezes a um cargo se não conseguir se eleger
pelo menos uma vez. Isso evitaria aqueles casos em que pessoas se candidatem
para arrecadar fundos ou para vender apoio;
6. Todos
os partidos são obrigados a lançar candidatos nas eleições majoritárias para o
primeiro turno. Não muda muito, mas diminuiria bem o número de partidos de
aluguel; e
7. Nas
eleições para cargos do Executivo, prefeitos, governadores e o (a) presidente
seriam obrigados a se desincompatibilizar do cargo. Com isso diminuiria
bastante o uso da máquina e evitaria crimes eleitorais como a Presidente Dilma
tem cometido, visitando obras e dando entrevistas em prédios públicos.
O
Brasil não seria um paraíso se medidas como estas fossem tomadas. Mas um dos
gritos nas Jornadas de Junho seria atendido. Quem sabe com diálogo transparente
com a sociedade as coisas não melhorassem neste país injusto.
Mas não há vontade
política para se fazer reformas. Estão ocupados com arranjos nada republicanos
e acabarão sendo eleitos os mesmos de sempre, inclusive alguns que deveriam
deixar de vez a política, para que não tivéssemos a volta dos que não foram.