Maurelio Menezes
O governador Silval Barbosa está entre a cruz e a espada. Ele sofreu sua primeira derrota após sua reeleição e vai vai ter agpra seu primeiro teste de fidelidade nos próximos dias quando tiver que escolher o novo Defensor Geral. Ele e o presidente da Assembléia, Mauro Savi, fizeram a campanha do atual Defensor Geral, Djalma Sabo Mendes, que, como se sabe, assumiu o cargo há dois anos tendo sido o terceiro colocado na disputa. Tanto Silval quanto Savi investiram pesado para que Djalma fosse reconduzido ao cargo, mas não conseguiram.
Nos corredores da Defensoria comenta-se que a máquina foi usada despudoradamente, apesar do colégio eleitoral ser pequeno, menos de 300 votantes. Promessas não teriam faltado. Há quem diga também, que o lançamento da candidatura de Valdenir Pereira, irmão do deputado federal reeleito, Valtenir Pereira, também teria sido articulado pelo governador e pelo presidente da AL, numa tentativa de dividir a oposição a Djalma, que foi tão competente em sua gestão que conseguiu a proeza de unir contra ele grupos adversários comandados pela ex Defensora Geral, Karol Rotini, e pelo ex Corregedor, André Prieto.
O resultado final da eleição, divulgado na própria sexta feira., colocou Prieto em primeiro lugar, Djalma em segundo e Valdenir em terceiro. E aí começou o problema para o Governador que terá que escolher entre os três o futuro Defensor Geral. Moralmente, não há o que discutir: André Prieto foi o mais votado e deveria ser o indicado, principalmente porque Djalma foi rejeitado pelos pares duas vezes e seria um desrespeito sua inidicação mais uma vez sem ter sido o mais votado. O que se comenta é que Silval está pensando duas vezes antes de reconduzir Djalma por um motivo muito simples: optar por ele é comprar briga com os deputados reeleitos José Riva e Sérgio Ricardo que mais uma vez devem comandar a mesa diretora da AL e que jogaram pesado para eleger Andre Prieto.
Será que o governador vai bater de frente com os dois que serão fundamentais para seu primeiro ano de gestão quando terá que tapar um buraco de um bilhão e meio de reais do orçamento do Estado, o que dificilmente conseguirá sem ter do seu lado a AL aprovando o que ele precisar? Se optar por respeitar a vontade das urnas, Silval irá contra os interesses do Promotor Paulo Prado e do Ministro do STF GilmarMendes, além de estar traindo seu afilhado.
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