sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ONDE ESTÁ O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL DE MATO GROSSO?

Maurelio Menezes

Porque até agora o Ministério Público Eleitoral de Mato Grosso não entrou pesado em dois assuntos que a Policia Civil deixou passar sabe-se lá porque. Ou melhor, sabe-se, mas não se comenta. Um deles envolve os ex secretários estaduais de Infra estrutura Vilceu Marchetti e de administração Geraldo de Vito. O outro diz respeito ao presidente do PR em Mato Grosso, Wellingtn Fagundes e o ex prefeito de Barra do Garças - MT, Wandeley Farias, também do PR.

A Polícia Civil não descobriu nada , mas as investigações da Justiça Federal, aquelas que, sabe-se lá porque, ou melhor sabe-se, o governador reeleito de MT Silval Barbosa queria impedir tendo recorrido à justiça para isso, não chegou a conclusão alguma. Vilceu Marchetti, de acordo com essas investigações, era modesto: levou apenas 5 por cento do dinheiro desviado na fraude dos maquinários. Suponhamos que Geraldo de Vito tenha levado outros cinco por cento. E o resto da grana? Com certeza foi para o caixa 2 de campanha. De quem? É a primeira resposta que o Ministério Público Eleitoral deve buscar. Todos sabem a resposta, porque ficou claro quem tinha dinheiro na campanha para comprar inclusive jornalistas e veículos de comunicação para atacar os outros e defender o comprador.

Vilceu Marchetti, chorando
Geraldo De Vitto, rindo 
Mas ha outro detalhe. Será que Marchetti, que tem aparecido fazendo teatro às lágrimas,  começou a desviar dinheiro somente agora? É muito provavel que não, porque ninguem se torna impobro de uma hora para outra. Se o governador Silval não tem nada mesmo a esconder, o que duvida-se, deveria colocar sob suspeição todas as licitações feitas pela SINFRA com Vilceu à frente. Afinal se o rombo nas contas do estado hoje é superior a um bilhão e meio (apenas de restos a pagar do ano passado são quase um bilhão de reais)é bem provavekl que boa parte dele tenha sumido pelo ralo da corrupção do atual governo que, ao que tudo indica, tem um tamanho impossivel de se calcular.

Wellington Fagundes : "Venha a nós!"
O outro caso aponta o deputado federal reeleito Wellington Fagundes que seria um dos beneficiários do desvio de dinheiro de uma série de licitações na região do Araguaia. Wellington, surpreendentemente para a maioria dos analistas foi o candidato a deputado federal mais votado concorrendo com gente de peso na corrida eleitoral como Carlos Bezerra, Rogério Salles e Homero Pereira, todos com reduto eleitoral na mesma região que ele. Ao mesmo tempo Wellington gastou os tubos na campanha. Cabe ao Ministério Púboico descobrir de onde venio o dinheiro da campanha e, mais que isso, se foi e o que foi gasto por fora. Para se ter uma idéia da ostentação de Wellington, no dia do debate aqui em Cuiabá, que não é reduto eleitoral dele, na TV Rondon (aquele que mudaram as regras em cima da hora para favorecer Silval Barbosa), na rua havia mais cabos eleitorais de Wellington que dos candidatos ao governo.

Se o Ministério Público Eleitoral fizer sua parte vai confirmar, com certeza, o que todos sabem e comentam em Cuiabá: dessa foi a eleição mais comprada e na qual mais correu dinheiro roubado da história de Mato Grosso. E com certeza muita gente não vai tomar posse e outros que até agora conseguiram se livrar vão tirar férias atras das grades. Com a palavra o MPE.

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