Maurelio Menezes
Yo no creo em las brujas, pero que las hay, las hay. Você, com certeza, já ouviu esta frase ou sua tradução pelo menos uma vez na vida. No final de semana algumas pessoas devem ter pensado nela a partir de conversas que rolaram em lugares diferentes.
Numa mesa de bar, a conversa começou a partir de uma antiga teoria e que a cada dia ganha mais contornos de realidade: Dilma Rousseff seria uma espécie de candidata laranja, que teria combinado com Lula a estratégia para 2014. Ele, do alto de sua popularidade, usaria todos os meios visíveis e invisíveis, confessáveis e inconfessáveis, para elegê-la. Em 2014 ela não seria candidata à reeleição e Lula voltaria, já que está descartada a possibilidade dele assumir um cargo internacional como tinha certeza que faria (conseguir esse cargo seria o motivo de ter doado tanto dinheiro, perdoado tanta dívida de outros países, entre outras estripulias internacionais).
No momento em que se defendia ou atacava essa hipótese, um dos integrantes veio com o que seria uma bomba: “Lula deve ter aprendido com Blairo e Silval que há mais de quatro anos fizeram uma combinação parecida”. Diante da curiosidade de todos, veio uma explicação que embora aparentemente possa ser fantasiosa, tem ingredientes não de novela mas de Caso Verdade .
Silval Barbosa, o candidato do PMDB ao governo de MT, sempre foi defensor da divisão de Mato Grosso. Estranhamente quando assumiu a Presidência da Assembléia e passou a manter contato direto com o então governador, parou de defender a divisão (veja bem, parou de defender o que não significa desistiu da idéia de dividir). Teria sido nesse momento que teria sido feito o acordão entre Blairo e Silval e que teria sido, muitos anos depois, a base do rompimento de Mauro Mendes com o padrinho político que não aceitou de jeito nenhum apoiá-lo em sua idéia de sair candidato ao governo.
O acordão teria feito nas seguintes bases: Silval seria candidato a vice de Blairo na sua reeleição,em 2006, sem risco algum de perder. No segundo mandato, Blairo deixaria o cargo um ano antes do final do mandato para que Silval tivesse 12 meses a frente do governo para melhor estruturar e articular sua campanha. No caso de reeleição, veja bem reeleição, teria mais 4 anos como governador de Mato Grosso. Como ele não poderia ser reeleito, abriria espaço para a volta de Blairo que, de acordo com o enredo colocado na mesa, estaria iniciando a segunda parte de seu mandato como Senador. Na primeira parte Blairo como senador ou como ministro no caso de uma vitória do PT na corrida presidencial, articularia a divisão de Mato Grosso. E aí Silval seria candidato ao governo do novo estado, para o que estaria desimpedido, e Blairo seria candidato ao governo de MT novamente.
Pessoalmente acho esse enredo muito fantasioso, mas concordo que os fatos vem mostrando que ele pode mesmo ser um Caso Verdade. Afinal,O QUE explica o fato de Silval do nada ter saido candidato a vice de Blairo em 2006? O QUE explicaria a negativa de Blairo em apoiar a candidatura de Mauro Mendes, sua criatura? O QUE explicaria a decisão de Blairo em deixar o governo 12 meses antes do final do mandato (Anunciou essa hipótese em entrevista e só não o fez porque houve muita rejeição, inclusive do grupo político dele que temia perder espaço para o PMDB);
Por mais fantasiosa que essa hipótese possa parecer, não custa lembrar que Yo no creo em las brujas, pero que las hay, las hay.
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