sábado, 14 de agosto de 2010

COMO ESTÁ O CASO VÃNIA COSTA?

Maurelio Menezes


No final do mês passado, a denúncia: a jornalista Vânia Costa, 28 anos, uma filha de um ano e sete meses, sofrera três abordagens, supostamente encomendadas por alguém da Prefeitura de Sinop onde fora fazer uma reportagem sobre denúncias encaminhadas ao jornal O Mato Grosso de Várzea Grande – MT, em que era editora. Nas três vezes as pessoas queriam ter acesso a documentos que ela teria conseguido e que confirmariam o desvio de verbas federais pela Prefeitura de Sinop.
Vania registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e procurou o Ministério Público para denunciar os atentatos. O caso ganhou repercussão quando o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de MT divulgou nota de repúdiio , reproduzida pela ABI , o drama vivido por Vânia foi destaque na Folha de S. Paulo e no portal da revista Imprensa e foi assunto bastante comentado no Twitter. Depois ninguém mais tocou no assunto.
Um policial com quem conversei me disse que na corporação há uma certeza: os homens que abordaram Vânia se forem policiais não estavam a serviço e o mais provável é que eles não sejam policiais e sim pistoleiros. O marido de Vânia foi conversar com o dono do jornal, conhecido por Rico. Este não teria se comprometido a acompanhar o caso nem a dar proteção a ela. Vania saiu do jornal (está trabalhando em outro, em Cuiabá) e se mudou de casa com medo de novos atentados.
Seria interessante o Sindjor se manifestar sobre o que está fazendo de prático para que esse caso que envolve gente poderosa não caia no esquecimento. Há um advogado do sindicato acompanhando a denúncia feita ao Ministério Público? Que tipo de ajuda tem sido dada à jornalista? Seria interessante também o Ministerio Público se manifestar sobre o andamento da representação protocolada por Vânia.
Se isso não acontecer, a nota divulgada pelo Sindjor no dia 27 do mês passado não terá valido para nada e ficará a impressão que foi apenas um elemento de jogo de cena. Pior ainda ficará a impressão que não se quer apurar o caso de fato exatamente por envolver pessoas poderosas e que têm amigos igualmente poderosos.

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